Pesquisa britânica relaciona câncer colorretal a consumo de carne em mulheres

Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, descobriram que uma dieta sem carne vermelha reduz significativamente o risco de câncer colorretal em mulheres. O resultado foi publicado no International Journal for Cancer.

O estudo levantou dados de mais de 32 mil mulheres da Inglaterra, País de Gales e Escócia. Elas foram recrutadas e pesquisadas ​​pelo fundo World Cancer Research entre 1995 e 1998 e foram rastreadas por uma média de 17 anos.

Ao comparar os efeitos de diversas dietas para o desenvolvimento do câncer do cólon, eles descobriram que as mulheres que comem carne vermelha regularmente tiveram taxas mais altas de câncer de cólon distal, na região do intestino grosso onde as fezes são armazenadas.

O autor principal do estudo, Dr. Diego Rada Fernández de Jauregui, que faz parte do Grupo de Epidemiologia Nutricional (NEG) em Leeds, e da Universidade do País Basco, na Espanha, disse que o impacto de diferentes tipos de carne vermelha e padrões alimentares em locais de câncer é um dos maiores desafios no estudo da dieta e câncer colorretal.

O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Apesar de tratável e de boas chances de cura, sobretudo quando é detectado precocemente, a cada ano mais de 15 mil pessoas morrem desse tipo de câncer apenas no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde.

Até 2030, mais de 2,2 milhões de novos casos de câncer colorretal devem ser diagnosticados no mundo. Apenas neste ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esperam-se no Brasil 36.360 novos casos, sendo 17.380 homens e 18.980 mulheres. Cerca de 1 em cada 5 cânceres intestinais no Reino Unido estão ligados à ingestão de carnes vermelhas.

São abundantes os estudos relacionando o consumo de carnes e outros produtos de origem animal ao desenvolvimento de diversas doenças, sobretudo do câncer. No final de fevereiro, a Sorbonne, uma das mais respeitadas universidades do mundo, divulgou uma pesquisa afirmando que o consumo de carnes processadas aumenta em até 12% risco de câncer. Carnes e laticínios também foram relacionados a um aumento no risco de câncer de mama. Sem falar na Organização Mundial da Saúde (OMS), órgão da ONU que analisou mais de 800 estudos sobre câncer e foi taxativa em considerar que carnes, sobretudo as processadas, são tão cancerígenas quanto o cigarro.

Uma enorme inspiração para quem luta contra o câncer (e para quem deseja se prevenir) é a história de superação de Rob Mooberry. Ele foi diagnosticado com câncer colorretal em estágio 4 e atribui sua cura à dieta vegetariana à qual aderiu durante o tratamento.

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