Um homem irlandês chamado Dominic O’Connor foi condenado por matar e cozinhar seu cachorro. Ele deverá passar dois anos na prisão por preparar seu border collie de quatro anos com cebolas e por ter alimentado seu outro cachorro com o ensopado, o que foi considerado pelo juiz uma “ofensa particularmente horrível e hedionda”. O’Connor foi considerado culpado por maus tratos e proibido de ter qualquer outro animal.
A notícia é chocante e, claro, causa indignação em quem lê, assim como ficamos enojados quando vemos imagens de consumo de carne de cachorro na China. É impossível não pensar nos cachorros que nós tanto amamos, que nos fazem companhia, que fazem parte de nossa família, que são inteligentes, brincalhões e amigos.
Nós ficamos horrorizados com imagens de cães em gaiolas tão pequenas que eles sequer podem se virar, mas confinamos bilhões de porcos e galinhas poedeiras da mesma maneira. Ficamos em estado de choque quando vemos fotos de um cão sendo maltratado e abatido, mas não ligamos quando é uma vaca ou outro animal comumente explorado para consumo.
Mesmo que as vacas, os porcos e as galinhas sejam semelhantes aos cães — seres inteligentes, sociáveis, comunicativos e sensíveis — não reconhecemos que os animais explorados e abatidos por comida aqui são tratados com tanta crueldade quanto os cães mortos pelo mesmo motivo na China.
Veja com seus próprios olhos:
Se pararmos para pensar, o fato de o abate de cachorros, seja o caso de Dominic O’Connor, seja na China, nos causar tanta indignação é uma hipocrisia flagrante que devemos enfrentar. Sejam cachorros ou gatos, porcos ou galinhas, nenhum animal deveria ser explorado ou submetido a qualquer tipo de exploração. Todos os animais querem ser livres.