Vaca escapa de navio que exportava animais vivos e luta por sua vida no mar

Uma vaca que escapou de um navio que exportava animais vivos sobreviveu uma noite inteira em alto mar na região de Queensland, no nordeste da Austrália. Ela conseguiu fugir enquanto os demais animais eram embarcados e lutou bravamente por sua vida até que um grupo de canoístas a encontrou e iniciou um trabalho de resgate: eles colocaram um colete salva-vidas no animal e puxaram-na com uma corda até a praia. Infelizmente, a vaca morreu devido à exaustão antes de ser salva. Veja as tristes fotos aqui, ou o vídeo abaixo:


Esse foi apenas mais um caso de negligência envolvendo animais exportados vivos. Recentemente, ONGs e ativistas conseguiram barrar durante alguns dias a exportação de animais vivos em todos os portos do Brasil. Foi necessária a intervenção do Presidente Michel Temer para derrubar a liminar da Justiça que reconheceu o quão terrível é o transporte de animais vivos. Confira fotos do laudo feito por veterinária no navio Nada, estopim do caso.

A viagem desses bois pode durar até 30 dias e causa intenso sofrimento aos animais: eles passam dias, e em alguns casos até semanas, dentro da carroceria de caminhões ou em navios, sem espaço para andar ou deitar, sem segurança, sob calor e frio intensos, envoltos em fezes e urina, sem acesso a água ou ração adequadas. Alguns chegam feridos ou até mortos ao destino.

Porém, os maus-tratos não acabam quando eles chegam ao destino, em geral países do Oriente Médio. Lá, esses animais passam por alguns meses de engorda, já que são exportados ainda filhotes. Depois disso, são abatidos de acordo com as regras do abate halal, exigência da religião muçulmana. Para isso, é feito o corte da artéria carótida e da veia jugular na área do pescoço e o animal sangra enquanto ainda está vivo e muitas vezes consciente, suspenso pelas patas traseiras. Somente então é decepado.

Poucos dias depois da liberação da viagem do navio Nada, a Minerva, empresa responsável pela exportação de 25 mil bois e vacas no Porto de Santos, se apressou em fechar um acordo se comprometendo a pagar R$4,5 milhões por danos ambientais referentes ao naufrágio de 5 mil animais vivos em Bacarena, no Pará.

Todos esses casos expõem a fragilidade na segurança de operações como essas, e é inadmissível que animais sejam submetidos a falhas tão sérias que comprometam suas vidas. O melhor que todos podemos fazer por todos eles é deixar carne, leite e ovos fora do nosso prato. Clique aqui para começar agora.